Coccidiose suína: dicas para prevenção

Entre os prejuízos para os animais infectados por coccidiose suína está a redução no ganho de peso, veja como reverter este quadro.

A coccidiose suína é uma doença que atinge os leitões lactentes e seus sinais clínicos costumam surgir entre o 5º e o 14º dia de vida, ou mais tardiamente, considerando o nível de infestação ou de infecção no ambiente. A doença se caracteriza por uma enterite que causa diarreia em leitões na fase da maternidade, com maior incidência em épocas de calor e umidade mais intensos.

Ela assusta os criadores, pois os filhotes precisam estar saudáveis para um desenvolvimento completo. Aprenda a identificar os sintomas, tratar e, é claro, prevenir esta terrível doença que acomete o plantel e pode causar grandes prejuízos.

Sintomas da coccidiose suína

A principal forma de identificar visualmente a infecção por coccidiose é a diarreia que pode durar de 5 a 10 dias, varia entre pastosa e gordurosa, chegando à forma líquida, com coloração amarelada à acinzentada e odor característico rançoso, não hemorrágica. Como a diarreia não cessa, o períneo do suíno apresenta fezes. Além da diarreia com perda de peso em leitões, pode-se observar a desidratação, pelagem “arrepiada” e animais apáticos e debilitados. Fique sempre de olho nestes sinais!

Mas a atenção deve ser redobrada, pois animais adultos infectados não apresentam sinais clínicos, então, tratar os filhotes é essencial. Se o tratamento não for eficaz ou demorar, os animais adultos de todo o rebanho serão prejudicados.

Exame para detectar a doença em suínos

Observando-se os sintomas descritos acima, um exame parasitológico de fezes ou histopatológico confirma a presença da coccidiose suína. As amostras de fezes de leitegadas de variadas idades (entre 14 e 21 dias) e diferentes baias serão coletadas para análise em laboratório. No caso do exame histopatológico, serão selecionados de 3 a 4 leitões com as características da doença e, após eutanásia, serão examinados.

Forma de infecção e consequências

O seu agente causador, Isopora suis, é um protozoário que invade a parede intestinal, dificultando a absorção dos nutrientes da dieta e lesiona os tecidos da mucosa e submucosa, o que leva à diarreia. Como consequência, o leitão reduz significativamente o ganho de peso diante das lesões e ocorre uma atrofia de vilosidades no intestino delgado. A doença tem alta morbidade, porém, baixa taxa de mortalidade.

Alguns cuidados simples são imprescindíveis para diminuir o risco de infecção, como higiene das mãos e a troca de sapatos ao entrar nos setores de manejo dos leitões, assim como o controle de moscas e ratos. Para evitar que a doença atinja o plantel, medidas de biossegurança devem ser tomadas, assim como um vazio sanitário entre lotes.

A fonte de infecção da doença é a presença de oocistos no local, mostrando a falta de cuidado com a limpeza. Para prevenir, aposte na limpeza mecânica + lavagem, aliadas ao uso de desinfetantes e uso de calor, assim as instalações estarão preparadas da maneira correta e com muito mais segurança. O objetivo, além de prevenir os riscos relacionados ao protozoário Isospora suis, causador da coccidiose suína, é evitar a proliferação de outras doenças.

Tratamento para coccidiose suína

Para minimizar as perdas e não sofrer prejuízos econômicos em sua criação, consulte um médico veterinário que indicará um medicamento anticoccidiano, cuja aplicação será feita em leitões nos primeiros dias de vida. Dentre os medicamentos mais eficientes está o toltrazuril. Ele impede que o protozoário se espalhe pelo organismo dos leitões, reduzindo o processo de infecção e aliviando a diarreia. Prevenir, conforme as orientações dadas anteriormente, com certeza sairá mais barato para o bolso do criador do que tratar um problema já instalado.

Se você quer saber mais sobre a criação de leitões, separamos 11 dicas para cuidar bem deles e garantir um lote de sucesso. Aproveite a leitura e compartilhe conosco suas dúvidas.

Equipe TudoVet